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abril 30, 2012

3 coisas que verão aqui neste verão

Depois das três tendências que não têm a minha adesão aqui ficam três sugestões que irei usar nos próximos meses:

1. driving moccasins
Os driving moccasins não são propriamente novidade mas, pelo menos em Portugal, têm renascido nas duas últimas temporadas. Acho que este ano estarão mais em força. E, seguindo a tendência deste verão, em várias cores.

Porque será interessante ter pares em várias cores e porque os driving moccasins são sapatos de vida limitada acho mais racional ter quantidade em vez de qualidade. Esta foto é de uns Tod's edição Ferrari, uma preciosidade que custa, provavelmente, o mesmo do que toda a colecção de driving mocs da Zara.

2. calças brancas

Também não são novidade mas permanecem uma raridade em Portugal. No entanto, injustificadamente. Não existe cor mais conjugável nem cor mais confortável no verão do que o branco.

Todos os homens deviam ter pelo menos um par de calças brancas, idealmente mais pois tendem a sujar-se mais do que o habitual. Ter mais do que um par é uma oportunidade para ter umas calças brancas para cada ocasião. Uma aposta que recomendo vivamente.

 3. cintos finos
Os cintos largos com grandes fivelas já não se usam há alguns anos. Mais recentemente eles começaram a ficar mais estreitos a ponto de haver propostas de cintos skinny para homens. Demorei algum tempo a apreciar mas sou fã confesso. Os cintos finos compõem um visual sem o dominar. E são úteis em homens mais baixos para quem as linhas horizontais diminuem a noção de altura.

abril 28, 2012

3 coisas a que digo não neste verão

As modas vão e vêm. A umas aderimos a outras nem tanto. Hoje vou enunciar três que vou passar a lado e a amanhã escreverei sobre três a que aderirei.

1. Pólos com riscas no colarinho e mangas
Este exemplo que coloco aqui não é o melhor. É sóbrio e até seria capaz de o usar mas já tenho visto alguns que só vestiria sob protesto. Este tipo de pólos é típico dos anos 70/80 do século anterior. E, quanto a mim, é uma daquelas modas que deveríamos deixar ficar sossegadas. Não basta a infeliz tradição de as marcas colocarem o símbolo no peito dos pólos, agora ainda os querem afastar da simplicidade do pólo liso, e acrescentar riscas que só lhes retiram versatilidade sem adicionar nada em beleza. A mim não convencem.





2. Alpercatas
Este é outro vento que sopra da década de 80. Há uns anos atrás achou-se que havia espaço fora de casa ou praia para os chinelos de borracha. Agora quer dar-se a mesma liberdade a estas sandálias em lona e corda chamadas alpercatas. Ao preço a que já as tenho visto à venda elas vão andar por aí, em força. Eu vou continuar a usar chinelos, em casa ou na praia. Para tudo o resto, sapatos ou ténis.

3.Bermuda-saia
Nem sei como chamar a estas bermudas que parece que se aprestam para invadir o nosso verão. Os cargo shorts baggy estão a passar de moda e parece que vão dar lugar, por um lado, às bermudas clássicas slim, por outro, as estas bermudas ainda mais baggy e com uma altura enorme entre a cintura e o começo das pernas. Como é que tornar umas bermudas mais parecidas com uma saia fará alguma coisa pela imagem de um homem é uma experiência a que não me vou dedicar. 

abril 27, 2012

O ignorado fato em algodão

Em Portugal o fato é genericamente uma imposição não uma opção. São poucos os homens que os usam por gosto. E são ainda menos aqueles que saem do óbvio fato em lã de cor escura, embora se compreenda que muitas empresas tenham um dress code que não o permite. Mas existem as noites e os fins de semana para se poder usar um fato de forma mais descontraída. Principalmente no verão, altura em que apetece usar tecidos mais leves.

A alternativa mais óbvia é o algodão. Ainda que não seja trivial encontrar fatos de algodão em Portugal acho que todos os homens deviam ter pelo menos dois no armário como defendi aqui. O linho tem ainda mais estilo. Claro que os fatos de linho tendem a enrugar-se com grande facilidade mas para um look cool de verão são quase inultrapassáveis. Mas o algodão é mais prático e decididamente a opção mais racional para diversificar os fatos no armário. Uma terceira via é cruzar os dois tecidos numa mistura algodão/linho cada vez mais habitual.

O homem na foto abaixo é de uma das grandes referências mundiais do estilo masculino, George Cortina. O George Cortina usa e abusa de peças de algodão (blazer, calças, fato) e quanto a mim essa é uma das razões que o faz ter tanta pinta. Curiosamente não gosto nem da cor nem dos detalhes do fato que ele veste nesta foto. Já o corte é perfeito. Contudo serve para ilustrar o potencial do fato em algodão.

George Cortina

abril 26, 2012

Em tons cobalto e oxblood

Em Portugal a trench é muito popular entre as mulheres mas entre os homens nem por isso. Eu gosto a ponto de a considerar um essencial masculino. Gosto porque é bastante versátil e tem muito mais pinta do que a gabardina convencional. E num dia de chuva vem mesmo a calhar.

Outra peça que resulta bem e está na moda é a camisola de malha com gola em V num tom azul. Não o tradicional azul marinho mas um mais claro e forte. Esta já tem uns aninhos e é de um tom azul cobalto que, sem deixar de ser neutra, aligeira um visual. Se comprasse hoje teria adquirido num turquesa ainda mais claro mas eu uso camisolas tão poucas vezes que não vale a pena comprar outra.

As botas, que já estavam guardadas na caixa à espera do próximo inverno, são num tom oxblood que gosto bastante. À semelhança da camisola cobalto, é um desvio do castanho tradicional mas sem perder neutralidade.

Botas e calças bombazina - Massimo Dutti
Trench algodão - Zara
Cachecol lã - Mr. Blue; Camisola lã - Springfield

abril 25, 2012

Camisa por fora?

http://www.marianorubinacci.net/club/
Do meu ponto de vista existem muito poucas ocasiões e camisas que recomendem que sejam usadas por fora. Uma camisa de linho larga com umas bermudas de linho num ambiente descontraído de verão, como a imagem ao lado sugestiona, é um desses poucos momentos. No resto do tempo mantenha a sua camisa presa. Não que seja proibido andar desfraldado, simplesmente não tem estilo.

Colocar a camisa por dentro das calças tem o valor simbólico de diferenciar o adolescente do homem. Não é cool usar a camisa por fora das calças. Se tem alguma dúvida olhe para aquilo que fazem ícones do estilo como David Gandy ou Ryan Gosling.

Existem duas razões para usar a camisa por fora e na minha opinião nenhuma justifica a penalização no estilo. A primeira é vestir-se camisas demasiado largas, problema que se resolve com €10 numa costureira. A segunda é a presença de uma barriga mais crescida. Nesse caso poderá custar mais a resolver, pelo menos em força de vontade, mas a recompensa valerá a pena. Toda a roupa assentará melhor, sentirá mais bem-estar e vontade de se olhar ao espelho.

Fica a saber, se quer captar mais olhares femininos, troque a televisão pelas sapatilhas ou a bicicleta, mande cintar as suas camisas e meta-as por dentro das calças.

abril 24, 2012

Simples e efectivo

Existem looks tão simples quanto acertados. É o caso deste que anda à volta do branco e do cinza. A somar à cor o blazer tem duas coisas de que gosto. Fecho assertoado e botões mais claros. As calças brancas são um essencial de verão e a t-shirt de gola em V complementa na medida exacta. Resultado: imaculado. A mala, para mim, está a mais.

abril 23, 2012

Rose&Borne - Fábrica de sonhos

Se tivesse que eleger o melhor catálogo primavera/verão 2012 a minha escolha não cairia num dos suspeitos habituais. A minha preferência não vem de uma das casas tradicionais inglesa, americana ou transalpina mas de uma loja de Estocolmo - Rose & Borne

Dos looks mais formais aos outfits mais desportivos as opções cromáticas, de tecidos e acessórios desta loja sueca são extraordinários e inspiram como nenhum outro catálogo que tenha visto recentemente. Esta loja escandinava sabe exactamente como um homem se deve vestir!

abril 22, 2012

Chino + gravata

Se, como aqui, o casaco de ganga for demasiado informal basta trocar por um blazer e aprimorar o visual.

Blazer chino - Decenio; Lenço de bolso algodão

abril 21, 2012

Os italianos é que sabem

Em matéria de estilo, falemos de mobiliário, carros, motos ou quase tudo aquilo que se possa imaginar os italianos são praticamente imbatíveis. Na bota da Europa o bom gosto está impregnado no ADN. Também na forma de um homem se vestir com estilo os italianos mostram muitas vezes como se faz. Pessoalmente agradeço-lhes o apuramento de duas das coisas que estão na ordem do dia e das quais gosto bastante, os sapatos monk strap e o blazer assertoado. 

Aqui ficam dois excelentes exemplos da elegância de um blazer assertoado. Em relação aos double monk strap camel do senhor da direita, dispensam comentários. Se a perfeição pudesse ser moldada em sapatos ela seria assim.

abril 20, 2012

A silhueta elegante do colete

Os dias de frio que têm caracterizado esta semana são a oportunidade ideal para vestir roupa em camadas. Uma das peças mais elegantes para criar diferentes níveis é o colete.

O colete é na minha opinião a peça de vestuário que mais exalta a masculinidade, mas não só. Como cria um efeito estreitado na zona abdominal o colete também é dos maiores aliados do homem para lhe proporcionar uma silhueta bonita.

Idealmente fazem parte de um fato para aumentar as hipóteses de combinações. Porém, como escrevi num post anterior, é uma pena que não seja mais fácil encontrar fatos de três peças no pronto-a-vestir. É o caso do que uso nestas fotos. Andava à procura de um fato cinza claro em linho e o facto de ter o colete foi a cereja no topo do bolo. 

Aqui combinei-o com uma camisa branca e um blazer navy/preto num efeito sóbrio. Os acessórios (cachecol e lenço de bolso) não destoam e fazem a ligação entre todas as peças, incluindo os sapatos que são cinzentos.

Blazer algodão - Bershka
Cachecol lã - Mr. Blue; Lenço de bolso e camisa - Zara
Sapatos wingtip brogue - Aldo
Calças ganga - Salsa
Colete linho - H&M

abril 19, 2012

Ganga + gravata

Da última vez que vesti este casaco de ganga disse que gostava de o ver combinado com gravata e é isso mesmo que apresento aqui. Mas quanto a mim convém que seja com uma gravata menos formal para o contraste não ser demasiado. De resto não sou grande fã de gravatas sedosas e lustrosas. Uma gravata tricotada castanha parece-me cair aqui bem. Para neutralizar o look completei com uns chinos navy e uma camisa azul clara.

Calças chino - Zuky; Sapatos Monk Strap - Bata 
Camisa algodão - Decenio; Gravata tricot - Giovanni Galli
Casaco ganga - Levi's

abril 18, 2012

Vermelho às riscas e aos quadrados

O vermelho é uma cor poderosa e perigosa. Poderosa porque é muito forte e vistosa, perigosa porque a linha entre sublimar e arruinar um look é muito ténue quando se fala de vermelho. Por estas razões é preciso admirar a confiança deste tipo em conjugar vermelho com rosa e quadrados com riscas. Mas, como acontece muitas vezes, a audácia é recompensada. Este é um desses casos.

abril 17, 2012

O potencial do blazer vichy

O padrão vichy é uma das melhores apostas para um guarda-roupa masculino jovial e com estilo. Resulta muito bem em camisas, lenços mas também em blazers. Aqui fica um bom exemplo do estilo que um blazer vichy num tom neutro pode ter. De resto, este conjunto está magistral. A écharpe é fabulosa, e os sapatos muito bonitos.

abril 13, 2012

Classic with a twist

Nada do que vesti hoje é novidade para quem tem acompanhado o blog.  Até já era altura de ter guardado boa parte destas roupas até ao próximo outono mas o frio revisitou-nos. Globalmente, este era um conjunto perfeitamente possível há cem anos, mas graças a um ajuste slim e a um lenço de bolso vichy está perfeitamente actual. É a tal receita classic with a twist que me cativa.

Vou começar, como é hábito, pelo blazer que tem um contraste interessante entre o tecido clássico e o look desportivo. Ele é feito num tweed com efeito espinha ou herringbone que é um das formas de contrução de tecidos que mais gosto em blazers. Por outro lado, os ombros naturais e os dois bolsos de chapa modernizam-no e, acima de tudo, dão-lhe um ar descontraído. O único arranjo que precisou foi na cintura mas é um dos meus blazers mais confortáveis e quentes.

A denim shirt de corte tradicional é uma das minhas camisas favoritas e, quanto a mim, um item obrigatório para homens que queiram apostar no estilo business casual. As calças de corte clássico em bombazina verde contrastam com o blazer e a camisa de uma forma subtil. Como o blazer, a camisa e as calças são peças neutras que criam a base e realçam os dois itens não neutros: o cinto camel e o lenço de bolso vichy azul. O padrão vichy (quadrados pequenos com base branca) é um dos padrões de cor mais versáteis para camisas ou lenços de bolso. Irei voltar a este tema em posts futuros.

As duas peças pequenas não neutras respeitam a minha regra sobre este tema que expliquei aqui. Na minha opinião, o look cuidado e equilibrado não deve ser uma amalgama de peças mas um todo coerente. E essa coerência não se consegue sem peças âncora neutras.

Mas realmente fundamental é mesmo o ajuste (tailoring) da roupa como discuti aqui. O blazer foi cintado, assim como a camisa. As bainhas das calças foram subidas e as pernas estreitadas (tapered). Sem estes cuidados este look ficar-me-ia pesado e antiquado.
 
Blazer tweed herringbone - Decenio
Lenço de bolso algodão - Zara; Camisa ganga - Massimo Dutti
Calças bombazina e cinto entrelaçado - Massimo Dutti

abril 09, 2012

Blazer navy de verão


Em 1997 a Mercedes-Benz popularizou o descapotável com capota metálica ao lançar a primeira geração do SLK. Volvidos quinze anos quase todas as marcas generalistas têm uma versão coupe-cabrio (a forma como estes descapotáveis são mais conhecidos) dos seus modelos mais populares. É fácil entender porquê, apesar de ceder à capota de lona na beleza, a capota rígida é mais segura, prática e faz um habitáculo mais confortável.

O mesmo se passa no tecido que mais identificamos com o verão, o linho. O linho é fresco e respirável e por isso ideal em dias quentes. Eu gosto muito da textura do linho que dá às roupas com ele feito um aspecto simultaneamente casual e sofisticado. Mas o linho tem um grande defeito, enruga-se facilmente. Numa camisa que é usada um dia e depois vai para a máquina da roupa não será problemático mas já o é em blazers, calças ou fatos que não podem ser lavados depois de cada utilização.

Alternativa mais prática, ou a capota metálica, uma mistura linho-algodão que é a solução de muitos blazers e fatos de verão. Outra alternativa é usar um tecido em linho numa microestrutura como este blazer Massimo Dutti (se escrevi alguma asneira sobre tecidos reconheço a minha ignorância e agradeço correcção). Ainda não o vesti muitas vezes mas posso dizer que ele se enruga mais do que um típico blazer 50% algodão/50% linho. Pouco importa, gosto muito do efeito deste tecido.

O blazer navy é o casaco mais fundamental no guarda-roupa de um homem. Como é muito difícil arranjar um suficientemente quente para o rigor de inverno e arejado o bastante para o pico de verão acho que é muito complicado não possuir pelo menos dois. Este Massimo Dutti é quase a minha interpretação do sport jacket navy de verão perfeito. Como afirmei em cima gosto da textura do tecido microestruturado. Mas também gosto do aspecto desportivo dos bolsos de chapa e dos botões beges. E como não tem forro é leve e fresco. A única coisa que mudaria seria desestruturar os ombros demasiado rígidos para um casaco que de resto fica no extremo mais desportivo da escala dos blazers. Era simpático, principalmente num blazer de verão, que os botões das mangas fossem funcionais mas não vou ser picuinhas. Ainda conto que com o uso o blazer perca alguma rigidez e se molde ao meu corpo ganhando um aspecto mais natural.

Os chinos também são da Massimo Dutti e creio que a dupla só não fará parte de um futuro lookbook da marca porque estas calças apareceram no de Fevereiro. A Massimo Dutti também é responsável pelo cinto e pelos sapatos.

Desde esta altura que me tenho deixado convencer pelas meias às riscas e os moccasins, por serem mais abertos, são os sapatos ideais para as mostrar.

Blazer linho e calças chino - Massimo Dutti
Sapatos - Massimo Dutti; Meias - Zara
Camisa algodão - Mike Davis; Lenço de bolso algodão - Zara
Cinto pele - Massimo Dutti

abril 08, 2012

O look descontraído da ganga

Ainda que o casaco mais versátil e elegante que um homem pode ter seja o blazer existem ocasiões em que apetece e se deve vestir algo mais descontraído. A escolha mais óbvia para a diversificação de um guarda-roupa masculino é o blusão em pele. Outra possível é o casaco de ganga. Actualmente não tenho nenhum blusão de cabedal mas já pensei em adicionar um segundo de ganga ao meu guarda-roupa. Há quatro razões para isso acontecer:
  1. Os blusões de cabedal são caros. Quase de certeza a peça mais cara do guarda-roupa de um homem. E bastante mais caro do que um casaco de ganga. E não vale a pena comprar algo de qualidade inferior pois o mais provável é não se vir a dar-lhe uso.
  2. Enquanto a pele se torna insuportável em dias quentes, o casaco de ganga pode ser usado todo o ano, como camada superior ou até como camada intermédia por baixo de uma gabardina ou blazer.
  3. Dificilmente encontro um blusão em pele de que goste. As marcas parecem optar sempre por acrescentar um fecho ou colocar uma gola diferente para o tornar mais "moderno". Mas eu prefiro gastar o valor que custa um casaco de cabedal num artigo mais clássico e portanto menos sujeito a passar de moda. Pelo contrário quase todas as marcas têm casacos de ganga que seguem o estilo clássico.
  4. Raramente visto um casaco de cabedal que não precise de arranjos para me ficar bem ou confortável. Ao invés, quase todos os casacos de ganga assentam-me na perfeição, independentemente da marca.
Por estas razões considero o casaco de ganga quase essencial. À semelhança das calças de ganga, o casaco, para maior versatilidade, deve ser num tom intermédio de azul, parco em lavagens e com um corte o mais clássico possível. E o casaco de ganga é dificilmente mais clássico do que um Levi's trucker como este. Mas como disse, quase todas as marcas, seja as tradicionais americanas ou não, têm as suas versões do clássico casaco de ganga.

Não vale a pena por isso correr para a loja mais próxima para comprar um. Até porque algumas marcas os colocam à venda a preços obscenos. Como o casaco de ganga atingiu a maturidade e pouco muda em anos é mais acertado comprar nos saldos, num outlet ou, melhor ainda, usado já com alguma patina incorporada.

Se o casaco de ganga é indissociável da cultura americana eu recorro à receita clássica americana para o conjugar. Confesso, o casaco de ganga com uns chinos num tom cru, bege ou khaki (como aqui) é uma das melhores combinações que existem. E tão fácil de fazer. Pessoalmente não gosto de conjugar casaco de ganga com mais ganga, seja calças ou camisa. Se o quiser fazer tenha o cuidado de escolher peças de diferentes tons para não parecer que está fardado.

Acho piada ao contraste do casaco de ganga com uma gravata mas hoje optei por algo bem mais descontraído como uma t-shirt básica. Neste caso em azul celeste que é uma excelente cor para conjugar com peças de verão.

Para dar alguma nobreza ao conjunto e porque a descontracção não tem de estar dissociada da elegância uns moccasins em camurça são informais, confortáveis, sem perda de classe.

Casaco ganga - Levi's; Calças chino - Sisley
T-shirt - Zara; Relógio cronógrafo - Swatch

Sapatos camurça - Massimo Dutti
Cinto lona - Pepe Jeans

abril 07, 2012

Calças brancas para o verão

A parte de cima do conjunto que vesti hoje não difere muito deste. Mas a imagem de hoje é mais descontraída e a principal razão são as calças brancas. A cor branca é muito versátil por se conseguir combinar com praticamente todas as cores. É uma cor naturalmente neutra. Porém tem a particularidade de só ser neutra numa camisa, pólo ou t-shirt. O branco num casaco, calças ou sapatos não perde versatilidade mas essas peças deixam de ser neutras.

As calças brancas dão nas vistas e obrigam a alguma dose de confiança para as usar. Mas não devia haver razão para não o fazer nos próximos meses. As calças brancas podem fazer parte de praticamente qualquer outfit de primavera/verão. Não vai ser a última vez que as vou mostrar no blog até porque tenho três pares em diferentes tecidos. Estas são as de ganga, os clássicos jeans Levi's 501.

Uma das cores que fica bem com branco é o tom cognac do cardigan e dos sapatos. Apesar de o cognac também não ser um tom totalmente neutro não me parece que o conjunto fique excessivamente colorido até porque no total limita-se a três cores (azul claro, cognac, branco).

Calças ganga - Levi's; Sapatos - Massimo Dutti
Camisa algodão - Massimo Dutti; Cardigan malha fina - H&M

abril 04, 2012

Receber a primavera

Revisito o tema blazer + calças militares (que já tinha abordado aqui) mas agora numa versão mais leve nas cores ou tecidos própria de primavera.

Primeiro vou destacar os sapatos, não pelo modelo mas pela cor. É um tom castanho cognac com um aspecto envelhecido que me faz gostar bastante deles. Apesar se não serem de alguma forma sapatos formais (têm sola de borracha) a cor dá-lhes seriedade. O tom cognac é talvez o meu tom favorito para sapatos e na verdade ando a procurar uns Oxford wingtip brogue nesta cor para usar com outfits mais elegantes do que este.

O blazer em algodão podia fazer parte de um fato mas não faz. Está na fronteira entre o o suit jacket e o sport jacket e por isso é bastante versátil. A cor, algures entre o azul e o cinzento, também contribui para essa versatilidade.

O cinto complementa os sapatos. Sou da opinião que o cinto deve conjugar com os sapatos mas não obrigatoriamente ser uma extensão destes. É interessante ter um cinto de camurça a combinar com uns sapatos camurça, por exemplo. E é desejável que os dois tenham a mesma cor ainda que que possam ter tons diferentes como aqui. Mas não têm de ser feitos com o mesmo material.

Calças militar algodão - Salsa


Blazer algodão - Cortefiel; Lenço de bolso algodão - Zara
Camisa oxford - A&F; Cinto entrelaçado pele - Massimo Dutti
Sapatos pele - Massimo Dutti