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dezembro 19, 2012

Cobalto, assertoado e desestruturado

Há qualquer coisa que faz o casamento entre o tom cobalto de azul e um corte assertoado desestruturado perfeito. Eu gosto muito do meu e pelos elogios que recebo não devo ser único. Este aqui eleva ainda mais a fasquia ao acrescentar ricas cinza cruzadas.


novembro 30, 2012

A moda do camuflado

Há uns meses previ que a moda do camuflado recuperado pelo Nick Wooster ia chegar mais cedo ou mais tarde. Ela aí está com a força de um tornado. Para quem quiser vestir camuflado da cabeça aos pés não tem de procurar muito. Mas, como o tornado, acho que o padrão camuflado irá desaparecer tão depressa quanto chegou. Daqui a um ano já não haverá nem brisa no ar. Isso significa que não abraço este entusiasmo? Claro que sim, mas com a moderação que a curta duração dela me parece aconselhar. Comprei estes boxers camo que, na altura em que esta moda passar, já estarão perto de ser substituídos. 

novembro 28, 2012

Os sapatos perfeitos

Para mim, no que toca a vestuário, é nos sapatos que é mais difícil encontrar aquilo que realmente gostamos. Usando uma expressão popular nos dias que correm, no que toca a sapatos existe uma fina linha entre o admirável e o dispensável. Nos sapatos os detalhes são tudo e às vezes bastam pequenos milímetros de diferença para que se perca a harmonia. Ainda para mais porque os sapatos são das peças mais caras que podemos adquirir e por isso vale a pena apostar aquilo que nos faz ter vontade de calçar.

Quando nos cruzamos com os sapatos perfeitos paramos e admiramos.Com pena minha não me cruzei fisicamente com estes apenas vi nesta foto. Não lhe alterava nada, estão perfeitos assim.

A perfeição deles vem da coerência entre todos os detalhes mas também do resultado final. Aplica-se a estes sapatos uma expressão inglesa de que gosto bastante: o todo é maior do que a soma das suas partes. E que partes são essas? Que coerência existe entre elas?  São uns oxford (o tipo mais formal de sapato) mas num tom cognac desportivo que lhes dão uma formalidade intermédia.

Os detalhes acompanham. O formato da ponta não é alongado (formal) nem arredondado (informal). Não é plain toe (formal) nem wing tip (informal) mas cap toe de formalidade intermédia, bem rematada com uma discreta linha brogue, novamente. A sola tem uma espessura média que completa correctamente a parte superior.

O resultado final é um par muito versátil que pode ser usado com um fato durante a semana e uns jeans no sábado. São simultâneamente elegantes e rudes, muito masculinos. Se vivêssemos num mundo mais parco e maçador em que só pudéssemos ter um par de sapatos a minha escolha andaria por aqui.

novembro 23, 2012

Explorar a paleta de cortes em camisolas e cardigans

É acertado basear o guarda-fato em cores neutras mas para quebrar a monotonia este também deve ser pontuado com peças de cores diferentes. É mais fácil de o fazer no verão dado que o sol apela ao uso de cores mais claras e alegres. Porém o inverno tem um trunfo para que se possa inventar nas cores, as camisolas, cardigans e coletes de malha.


Não sei explicar a razão mas estas peças são propícias à diversificação de cores. Mas nem todas, quanto a mim nos cardigans e camisolas de malha grossa, eventualmente com golas envolventes e fecho com alamares deve haver parcimónia na escolha de cores. Estas versões mais grossas serão usadas como camada exterior e, a menos que o objectivo seja ser reconhecido a dezenas de metros de distância, numa cor discreta ficam melhor. Neste post falarei apenas de camisolas, coletes e cardigans de malha fina pensados para serem usados como camada intermédia, isto é, sobre uma t-shirt ou camisa e por baixo de uma casaco ou blazer.


A opção por um dos estilos dependerá do gosto de cada um e da formalidade que se pretende. Os cardigans na versão com mangas ou sem (colete) são mais formais do que as camisolas de gola em V, que por sua vez são mais formais do que as camisolas de gola redonda. Pessoalmente não gosto muito de ver camisola de gola redonda com camisa por baixo, apenas com uma t-shirt, de preferência decotada para que fique invisível.


Em termos de cor, e dependerá sempre dos gostos, a base é o azul marinho e o cinza claro. Cardigans e camisolas ficam mais versáteis nestes dois tons e por isso são aconselháveis como primeiras opções. Mas se quiser mostrar algum arrojo deixo aqui duas sugestões ainda dentro dos tons neutros (verde garrafa e vermelho sangue) e outras mais corajosas (turquesa e laranja) para quem pretende sair do óbvio. Um vez que o sol actualmente se põe tão cedo é difícil conseguir ter fotos minhas pelo que, infelizmente, me socorri da net para ilustrar o texto.


A regra básica quando se usam peças fora dos tons habituais é procurar manter o resto do conjunto tão neutro quanto possível. As restantes peças neutras permitem ancorar o look num nível de sobriedade aceitável e destacar convenientemente a cor do cardigan/camisola. Esta dica é particularmente importante nas opções mais radicais como o turquesa ou o laranja.

novembro 19, 2012

O transitório mundo da moda

"É isto que se vai usar neste inverno" ou "é esta a moda do próximo verão" é uma expressão habitual em especialistas e imprensa dedicada à moda. Mas paremos para pensar no que ela implica. Quem decide que isto se vai usar ou vai ser moda esta temporada? Ninguém em concreto. Ora, porque razão então é que eu vou seguir conselhos de quem não conheço, na verdade de quem nem sequer tem rosto? E se se vai usar neste inverno não se usou no anterior nem se usará no próximo. Sendo assim o que é que eu faço à roupa, vendo, dou? Não é muito racional e potencialmente dispendioso

A moda é uma ideia que nasceu no século passado e que visou tornar um consumo plurianual em sazonal. Foi ditado por razões económicas, não estéticas. É um apelo ao consumismo, é uma pressão sobre as pessoas no sentido de que estas comprem aquilo que não precisam nem querem. Por alguma razão os seguidores da moda não são conhecidos em inglês como fashion leader ou fashion cool mas fashion victim.

Há quem diga que aquilo que se vê na passerelle não serve para ser vestido, que é arte. Concedo que assim seja, ainda que a roupa seja um mau suporte para a arte por limitar a liberdade criativa. Numa tela ou página em branco não há barreiras para a criação livre mas a roupa restringe-a. Na passerelle até podemos ver arte mas no máximo é uma arte contida e enclausurada pelas debilidades da matéria trabalhada.

Se o mundo da moda é arte então como se faz a ponte para aquilo que vestimos? Roupa é design. Por isso se diz que a moda não é para se vestir, é para inspirar. Para a roupa feminina até poderá ter alguma influência mas na masculina não. A roupa, principalmente masculina, tem uma função bem delineada. Os homens olham para as roupa quase como olham para os carros ou as ferramentas,  form follows function, e por isso não espanta que a roupa masculina encontre muito mais inspiração nos militares do que nos criadores de moda.


Nem aquilo que usamos encontra inspiração no que os criadores de moda fazem nem aquilo que gostamos de usar sofre revoluções semestrais como o mundo da moda gostaria que acontecesse. O gosto é algo que evolui de forma lenta e silenciosa sem clivagens. O nosso gosto é inspirado pelo que nos rodeia, no dia-a-dia, e vai mudando devagar, quase sem darmos por isso. Acho divertido que os exemplos de estilo masculino que as revistas de moda gostam muitas vezes de dar sejam George Clooney, Jude Law ou Brad Pitt, homens que têm uma forma de vestir bastante convencional, bem longe daquilo a que nos querem fazer querer estar na moda.

O mundo da moda é cheio de contradições e a noção da sua própria dimensão é outra delas. Diz-se que o mundo da moda move biliões mas não é bem assim. Na lista dos dez homens mais ricos está em 4º Bernard Arnault dono do grupo LVMH que detém entre outras marcas de luxo a Louis Vuitton, em 5º Armando Ortega (Inditex) e 6º Stefan Person (H&M). Estes homens não pertencem ao mundo da moda. A Louis Vuitton aposta na tradição e nos valores clássicos, o contrário da vanguarda cara à moda. E o sucesso da Zara e da H&M consiste em dar aos consumidores aquilo que eles querem, precisamente o inverso da moda que ambiciona moldar a vontade destes. A inspiração para as colecções da Zara e da H&M vem das ruas não das passerelles. O mundo da moda é vasto mas muito menos do que se proclama. E acredito (não tenho números para confirmar) que o seu sustento venha muito mais da venda de revistas, óculos e perfumes do que de roupa.

Nada tenho conta o mundo da moda. É uma actividade económica tão válida quanto outra. Mas nunca tive a ilusão de que a moda influencia a forma como nos vestimos. Com a maturidade creio que todas as pessoas  com gosto procuram vestir com um estilo subtil e perene, longe da transitoriedade e notoriedade perseguida pelo mundo da moda.

novembro 14, 2012

Vamos falar de fibras

As percentagens são discutíveis, mas uma peça de roupa é definida em 50% pelo corte, 25% pelos detalhes/cor/padrão e 25% pelo tecido.

Os homens, erradamente, dão pouca importância ao corte mas, como tenho insistido, é aperfeiçoando aí que melhor se consegue atingir o objectivo "andar bem vestido".

Os detalhes (botões, fechos, golas) cores e padrões da roupa são mais valorizados porque traduzem mais a personalidade de cada um. Ao passo que o corte e o tecido da roupa obedece a directrizes mais objectivas e rígidas, no que toca aos detalhes e cores a subjectividade do gosto deve ser protagonista. Ainda que regras básicas, como padrões ou bolsos serem mais informais do que peças lisas, devam ser atendidas é na cor e nos detalhes da roupa que se forja a imagem estética que queremos passar.

Ficam a faltar as fibras que compõem os tecidos. A grande maioria dos homens não tem consciência da diversidade de fibras que podem ser usadas para fazer roupa e acredito que a maioria nunca olhe para a etiqueta antes de comprar. Mas se o sexo masculino não é capaz de dissertar sobre fibras qualquer ser humano é capaz de as distinguir pelo tacto e visão.

Quando se é adolescente e se vestem roupas disformes, com bonecos e frases, de cores/padrões garridos que rapidamente se deixa de gostar o tecido de que são feitas tem menos relevância. Mas quando se amadurece e o estilo, o conforto e intemporalidade do guarda-roupa deixam de ser palavras vãs, os tecidos começam a importar. E o guarda-roupa de um homem só deve ter roupa feita com fibras naturais (linho, algodão, lã, seda, etc.). As fibras sintéticas (poliéster, viscose, nylon, etc) não têm o mesmo tacto, aspecto, durabilidade ou capacidade de se moldarem ao corpo de uma fibra natural. As roupas composta por fibras sintéticas nunca caem tão bem no corpo, não se prestam a serem ajustadas por um alfaiate/costureira da mesma forma nem têm um aspecto tão luxuoso.

Claro que já estará a comentar que o luxo vem acompanhado do preço. É verdade que não há milagres, que   uma gravata 100% caxemira tem de custar mais do que uma 100% poliéster. Mas atenção que muitas marcas vendem roupa com misturas de fibras naturais e sintéticas pelo preço que outras pedem pelo mesmo artigo em tecido completamente natural.

Defendo ter menos roupa, mais sóbria e natural do que muita sintética. Vejamos o exemplo de um cardigan azul marinho, sem gola, sem bolsos e com botões castanho ou azul escuros. É uma peça clássica, intemporal que sempre se usou e sempre se usará. Que sentido faz comprar um cardigan assim se não for 100% natural? Se quiser poupar espere pelas promoções, todos os anos muitas marcas têm cardigans azul marinho nas suas colecções. Se o comprar com viscose ou poliéster, mesmo que numa percentagem baixa do tecido, sempre que se sentar no sofá com ele para ver um filme vai arrepender-se de o ter feito.

Dentro das fibras naturais há margem para o nosso gosto na hora de optar pois cada fibra natural tem as suas características e personalidade. O linho e algodão são mais informais do que a lã e seda. O linho mais fresco próprio para o verão e a lã mais quente adaptada ao inverno. Mais do que a maioria dos homens se possa aperceber conscientemente, o mesmo casaco (corte, cor, estilo) feito em algodão ou lã fica diferente. E existem ainda as misturas entre fibras naturais para mesclar características. Por exemplo, as camisolas em lã/seda têm um aspecto lustroso e elegante e os blazers em linho/algodão um visual descontraído e confortável.

Olhar para a etiqueta da composição deve ser algo tão normal de se fazer quando se compra roupa como olhar para a do preço. Até gosto de passar o tecido entre os dedos e tentar adivinhar a composição antes de confirmar na etiqueta.

novembro 13, 2012

Cores nos pés

A chegada dos dias frios fez-me perceber que precisava de renovar a gaveta das meias. Aos tradicionais tons escuros de cinza, azul e castanho adicionei pares que, não deixando de ser neutros, introduzem alguma cor e complementam outras peças do meu guarda-fato.



outubro 09, 2012

O estilo insuperável dos italianos

Existem boas razões para os homens italianos serem considerados os mais bem vestidos do mundo. Aqui está uma incontestável. Desde o tom cinzento do blazer à caixa quadrada do relógio e à cor azul dos óculos o conjunto seria dificilmente melhorável.

outubro 01, 2012

Camadas de inverno

Para quem gosta de pensar no que veste estamos entrar na melhor altura do ano, aquela em que podemos jogar com as camadas (layering) de roupa para enriquecer e diversificar a forma como nos apresentamos dia após dia. Contudo para quem vive em Portugal (principalmente no sul), ou é naturalmente encalorado como eu, o Outono e o Inverno não são as épocas fantásticas que vive um inglês ou sueco mais atento à roupa. Tudo porque os termómetros nunca chegam a baixar o suficiente para tirar todo o potencial do layering. O máximo que consigo fazer (e já são dias excepcionais) são três camadas (tipicamente camisa-camisola/cardigan-casaco/blazer) mas o mais habitual é ficar-me pelas duas.

Para ultrapassar esta contingência geográfica tenho procurado seguir as seguintes regras à medida que vou renovando o meu guarda-roupa.
  1. Manter as duas camadas inferiores tão frescas quanto possível. E quando me refiro às duas inferiores quero dizer camisa (usada sobre o corpo) e camisola/cardigan/colete. Para o conseguir acho aconselhável descartar tecidos mais grossos como o algodão oxford em favor de outro mais fino como o poplin. Esta opção tem ainda outra vantagem. Deixamos de ter camisas de verão e inverno e passamos a ter camisas para todo o ano reduzindo assim o stock e o espaço ocupado pelas mesmas.
  2. Ao fim de semana pode-se e deve-se trocar as camisas por  t-shirts ou henleys. Tal como as camisas, de algodão fino. No inverno prefiro t-shirts e henleys de manga comprida dado que detesto a sensação de ter uma manga curta enrolada debaixo de uma camisola. As t-shirts e henleys de inverno são peças básicas e como tal na minha opinião não devem brilhar num outfit. Por essa razão só os compro em cores neutras e pálidas.
  3. A segunda camada (camisola/cardigan) deve também ser fina. Por essa razão ponho de lado os itens 100% lã e privilegio o algodão. Como esta camada é normalmente intermédia pode-se optar por prescindir das mangas  da camisola e cardigan (que não se vêem de resto). Em alternativa pode-se optar pelo colete clássico mais elegante. Falando em cores sou da opinião que as camisolas e os cardigans podem ser em cores que saiam da palete básica. O mostarda, o turquesa, o rosa ou o laranja são excelentes opções para uma camisola ou cardigan.
  4. Um artigo que faz uma camada intermédia muito versátil e impactante é a écharpe/cachecol. Novamente eu fujo daqueles em lã grossa pois isso é receita para eles não saírem do armário todo o inverno. Quanto a cores e padrões é um mundo mas o meu conselho é ter sempre os dois básicos (cinzanavy) antes de avançar para os mais radicais
  5. Os sobretudos (como o nome indica), gabardinas e trenchs nasceram para ser usadas como quarta camada (por cima do casaco). Mas em Portugal, quatro camadas para mim chama-se castigo por isso passei a apostar em usá-los não como escudo mas como substituto dos casacos. Desta forma compro-os num número abaixo do que o normal e mantenho-os slim como se de um blazer se tratassem.

setembro 27, 2012

Sarar Outono/Inverno 2012

Descobri esta marca há pouco tempo com a qual me identifico. Não mostra nada de novo mas, como diz o adágio, mais vale andar bem vestido do que ser original. Creio que aquilo que mais gosto na marca é o facto de ser turca, uma paragem raramente associada a roupa masculina elegante. A Sarar não só revela a ascensão económica do pais mas também o aparecimento na cena mundial de novas fontes de estilo masculino o que me parece muito desejável.

Esta colecção outono/inverno mostra bem a ingenuidade e simplicidade da marca. Mas mantendo-se dento dos cânones clássicos consegue bons resultados.
















setembro 25, 2012

GQ Japão - Setembro 2012

Não ligo a moda pelo que não sou leitor das revistas da área. Do muito pouco que conheço acho que só algumas edições estrangeiras da GQ têm produções relevantes para o estilo masculino. Em post anteriores dei a conhecer algumas produções da edição americana com o Ewan McGregorJean Dujardin e Lewis Hamilton. Desta vez mostro esta magnífica produção do último número da GQ nipónica. Realizada na Universidade de Oxford é uma justa homenagem ao fabuloso estilo britânico.

Os fatos de corte justo, a trench coat ou o overcoat double breasted a 3/4 são a quintessência da forma de vestir do clássico homem inglês. Também o tecido tweed ou o padrão Prince of Wales são indissociáveis do estilo inglês sóbrio mas sempre sedutor. Chega de palavras, ficam as fotos.










setembro 24, 2012

Essencial XIX - Camisa vichy


Quando escrevi há uns tempos sobre as camisas xadrez (plaid shirt na expressão inglesa) referi que são uma boa forma de variar e personalizar um guarda-roupa. Mas também são um risco enorme para quem aposta na duração das peças que compra. As camisas xadrez só são uma boa aposta depois de se ter um guarda-roupa completo com camisas lisas... e vichy.

Ao contrário das camisas xadrez, as vichy não são uma mera escolha de diversificação, são mais importantes do que isso pelo que considero uma vichy navy essencial. E fundamental numa vichy que se quer essencial é que os quadrados sejam de tamanho médio, cerca de metade do tamanho dos botões, como a das fotos. Se forem mais pequenos confundem-se com uma camisa lisa ou pata de galo. Inversamente, se forem maiores, a camisa torna-se muito desportiva para ser verdadeiramente versátil. Ainda assim podem resultar muito bem como aqui.

Depois do tom navy gosto de camisas vichy num azul forte, verde escuro, cinzento ou castanho. Mas basicamente, todas as cores que façam um bom contraste são uma boa aposta.

Pessoalmente não gosto muito de camisas com um padrão vichy de duas cores. Porque perdem versatilidade e porque as que há (verde escuro/bordeaux; marinho/castanho) são demasiado previsíveis e maçadoras para o meu gosto.

setembro 11, 2012

Blazer DB riscado


Há umas semanas sugeri dois blazers de verão, um da Zara e um da Massimo Dutti. Esse post gerou algumas comentários relativamente à qualidade, quer dos materiais quer do corte, da roupa mais elegante da Inditex, principalmente da marca Zara. Como afirmei nesse post considero que a Zara é mais forte nos básicos o que não quer dizer que se exclua desde logo peças mais elaboradas. Este blazer é um exemplo disso mesmo.

Ele é feito em algodão e, talvez não se consiga ver nas fotos, mas não é o algodão mais luxuoso que existe. Mas tudo é relativo, este não é um blazer de €800 mas de €80 (ou mesmo metade para quem o apanhou nos saldos).

Quanto ao corte estou a usá-lo exactamente como o comprei e creio que as fotos falam por si. As mangas precisavam de ser ligeiramente encurtadas no comprimento e diâmetro mas para já vou usá-lo assim. Veremos depois de se moldar ao corpo se precisa de algum arranjo. Creio que não.


O corte é quase perfeito mas havia dois aspectos que gostava que fossem diferentes:
  1. Preferia que fosse de lã em vez de algodão, não só porque este algodão não tem o melhor dos toques mas também porque o estilo retro dele pedia a maior nobreza da lã.
  2. Tenho pena que não tenha as calças correspondentes (também em lã) que ficariam estupendas como fato ou conjugadas com outro blazer.
As lapelas talvez sejam um pouco avantajadas mas de resto gosto de tudo nele: do tom petróleo do azul (nas fotos, por causa da falta de luz, parece navy), do swag das riscas brancas, da distribuição dos botões e da rigidez dos ombros.


setembro 10, 2012

Cinto estreito


O cinto estreito foi para mim aquilo a que os britânicos designam an acquaired taste. Foi a ver numa foto aqui, num filme ali, que este acessório, voltando à língua inglesa, grew on me. As mulheres estão fartas de o conhecer mas em homens é menos comum. Só que vem carregado de elegância e por isso merece ser valorizado.

Este, da Zara, pela cor e feitio, cai no meio de uma escala de formalidade e por isso é bastante versátil. Aqui uso numas calças chino com uma camisa de linho mas encaixa-se num fato de algodão, jeans ou mesmo bermudas.

Acredito que não será um tendência passageira. É seguramente uma excelente aposta para os homens mais baixos que saem elogiados por ficarem com a linha horizontal de cintura menos acentuada.

setembro 07, 2012

Camisa desportiva com dois bolsos


Uma característica da roupa é quanto mais bolsos tem mais informal é. As camisas não fogem a essa regra e normalmente as mais informais têm dois. É o caso desta camisa de linho da Red Oak. Sou fã confesso das camisas desportivas desta marca portuguesa como já tinha dito aqui.

Quando estava a carregar as fotos apercebi-me que este look não difere muito deste, na verdade segue a mesma lógica deste. Acho que este acaba por ser o preferido dos três pela simples razão de esta camisa ter um tom de azul formidável.

Ainda que ache que a roupa desportiva se possa usar mais larga esta camisa já foi cintada depois destas fotos. Ainda pensei encurtá-la para usar por fora das calças mas mantive-a com o comprimento original. Como discuti anteriormente uma camisa para usar por fora deve terminar cerca de quatro dedos abaixo do botão das calças. Em termos de comprimentos de camisa não faço compromissos, ou é dentro ou é fora! Com um comprimento intermédio saem facilmente das calças quando usadas por dentro e nunca ficam bem por fora.



Estes chinos são outro bom exemplo de que o corte é quase tudo na roupa. Quando os comprei estavam bem nas pernas mas indescritivelmente largos na cintura. Depois de apertadas tornaram-se numa das minhas calças favoritas por serem tão confortáveis.



Uma das formas de limpar um visual (que já tinha abordado no blogue aqui) é usar um cinto que se funda cromaticamente com as calças (ou camisa/t-shirt) e assim eliminar essa linha de quebra. Aqui até podia ter optado por não usar cinto dado as calças não precisarem de ser seguras. No entanto, gosto de usar este par calças/cinto por parecerem feitos um para o outro.