Páginas

maio 31, 2012

O caso da camisa xadrez


Uma das peças de roupa mais arriscada de adquirir é a camisa com padrão xadrez. É um risco porque nunca sabemos quanto tempo vamos gostar dela, se seis anos se seis meses. E sou da opinião que se fizermos uma compra a que não damos uso pelo menos quatro temporadas foi uma má adição. Nunca compro uma camisa xadrez a primeira vez que a vejo. Deixo a ideia amadurecer na minha cabeça. As compras de impulso são sempre más. Em camisas xadrez podem ser desastrosas. Não tenho muitas, mostrei uma de inverno e agora mostro esta. Um guarda-roupa masculino precisa de pelo menos uma camisa axadrezada.

Um dos truques mais elementares para escolher as calças para usar com uma camisa xadrez é conjugar a sua cor com um dos tons da camisa. Aqui a tarefa está simplificada porque esta camisa tem várias cores (areia, laranja, verde, azul), todas em tons neutros. As calças são umas Dockers num algodão muito fino (talvez o par mais fresco que tenho) e num tom areia quase branco. Creio que estão à beira dos 10 anos mas com uma actualização recente acho que duram outros tantos.

Os mocassins foram um achado de fim de saldos. Acho que eles só estavam ainda disponíveis porque muitos pensaram como eu: o verde é giro mas com a sola e atacador em turquesa não. A verdade é que o turquesa diminui em 50% a versatilidade deste par. Mas 50% da versatilidade por 50% do preço soou-me suficientemente bem.

Ironicamente aqui usei os sapatos devido e não apesar da cor turquesa. Como as calças combinam com a camisa e os sapatos combinam com o cinto e a camisa, ainda por cima tudo em tons neutros, o conjunto ia resultar demasiado certinho e triste. Acho que os sapatos introduzem uma quebra bem-vinda.

Quando tirei estas fotos estavam mais de 30ºC. Se estivesse mais fresco completaria com um casaco castanho ou azul marinho, talvez este cardigan

maio 30, 2012

De violeta e roxo

Dificilmente uso roupa violeta ou roxa. E acho que não são cores que façam muito pelo visual masculino. Mesmo nelas acho que devem ser usadas com moderação. O que não quer dizer que não haja excepções à regra, como aqui

maio 29, 2012

Loro Piana encantadora

A casa italiana Loro Piana não tem apenas das colecções de roupa de homem mais apaixonantes que conheço. Tem também o melhor site que já vi. Navegar nele é um prazer que recomendo.

maio 28, 2012

Essencial XIV - Mocassins camel

Um blazer assertoado, cinco segundas-feiras

28/05 ; 04/06 ; 11/06 ; 25/06 ; 01/07


Este é o primeiro de cinco looks que vou publicar nas próximas segundas-feiras e que terão em comum este blazer Purificación Garcia assertoado em algodão navy. Os blazers assertoados estão a voltar e com toda a oportunidade pois têm o condão de ser ainda mais elegantes do que a versão de uma única linha de botões. Infelizmente esta herança militar caiu em desuso quando os homens se começaram a vestir de forma (demasiadamente) informal. Mas sobre blazers assertoados em geral, e neste em particular, dedicarei os próximos posts deste tema. Este vou dedicar a um essencial de verão, um par de driving moccasins.

No verão um homem precisa de sapatos de verão, isto é, sapatos frescos e de cores mais claras. Creio que é impossível encontrar mais fresco do que uns moccasins sem comprometer o estilo. Sou um entusiasta do género e até recomendo ter mais do que um par. Uma alternativa que ganha em racionalidade mas que, para mim perde em pinta, são os populares sapatos vela. A outra é este cruzamento entre moccasin e sapato vela que resultou muito bem.

O mais racional será ter um par castanho mas mostre alguma bravura cromática e não compre o seu décimo par de vela Rockport castanho escuro com sola preta. Ainda que estejamos a falar de uns essenciais sugiro a cor camel, se forem vela, com a sola branca.

Ninguém me paga para escrever isto mas, se não venero os sapatos formais da Massimo Dutti, no que toca a calçado desportivo acho que eles acertam em cheio. Não conheço driving moccasins mais bonitos do que os da marca espanhola e estou a incluir os luxuosos Tod's ou Car Shoe. A colecção deste ano é particularmente apelativa. Nestes camel colocaram uma sola azul, um toque soberbo, que faz deles os companheiros ideais para uns jeans azuis. Não é o caso aqui, são jeans mas são brancos.

Em Portugal não é comum os homens arriscarem a cor branca para cobrir as pernas mas só temos a ganhar em fazê-lo, dá com tudo e tem estilo. Com um blazer double breasted marinho com botões brancos torna-se uma escolha óbvia.

O look de hoje é despojado de acessórios. Costumo ser fiel à regra de dois, no máximo três, itens não neutros por outfit. Sapatos camel não são neutros, o fúcsia da camisa também não é neutro. Em Portugal, calças brancas e até blazers assertoados, independentemente da cor, não são neutros. Não achei que houvesse espaço para acessórios.

maio 27, 2012

David Beckham em versão intemporal

Estava um dia destes a fazer zapping quando, no telejornal de um dos nossos canais generalistas, deu umas imagens da cerimónia da entrega da tocha olímpica. Como é sabido Londres será a cidade anfitriã da edição de 2012. Uma das coisas que me fez parar o zapping foi o outfit que o David Beckham usava na ocasião. Um conjunto clássico que lhe deu uma imagem estupenda. E uma prova de que o estilo masculino está maioritariamente no corte da roupa.

Ainda que o fato que o David Beckham usava provenha, muito provavelmente, de um alfaiate de Saville Row não significa que não seja possível reproduzir o mesmo visual com pronto-a-vestir e uma boa costureira. E provavelmente por menos dinheiro do que custou o alfinete de gravata que ele trazia. 

O fato em charchoal e a gravata navy/preta riscada de branco é do mais clássico que pode haver mas, graças ao corte slim e à lapela longa e fina, nada têm de desactualizado. A camisa num lilás subtil traz a cor necessária para elevar o conjunto de bom a excelente. Também curioso o pormenor da barba e cabelo à Nick Wooster.

maio 26, 2012

Onde páram os blogues de estilo masculino?

No começo do ano andei à procura de blogues lusos de estilo masculino e nada encontrei. Estranhei a ausência e achei que devia dar o meu contributo daí ter iniciado este espaço. Tendo prosseguido com a busca já encontrei três blogues que recomendo na lista que encontra à esquerda. Por ordem de descoberta: Ramalhoni, Saia-calça e O martelo de Afrodite.

A autoria de dois deles é feminina e igual número de autores é do Porto. Esta estatística confirma, talvez num exercício de especulação demasiado grosseiro, duas percepções que tenho:
  1. No norte existe mais gosto para vestir
  2. Ainda existem muitos lares portugueses em que o guarda-roupa masculino é orquestrado por ela.
 
 

maio 25, 2012

E depois do blazer marinho?


Ontem prometi mostrar hoje o meu blazer vichy mas não tenho a certeza se se pode considerar vichy. Trata-se de um padrão em quadrado com fundo branco mas de dimensão bastante pequena. Acaba por ter o mesmo efeito do pé de galo, de longe parece ser um blazer azul claro mas ao perto revela as duas cores. Seja o que for é bonito e, de resto, é mais neutro do que o vichy do link anterior.

Qualquer homem necessita de um blazer navy mas pode não ser suficiente. O blazer vichy ou pé de galo é um excelente segundo blazer azul de verão no guarda-roupa masculino. Fica bem com calças navy, bege, brancas ou ganga. Oportunidades não faltaram para usar.

Também fica bem com calças amarelas que eram um dos itens da minha lista de compras para este ano. Estas são num amarelo bastante claro e neutro, slim fit e, feitas em algodão/linho, muito leves e confortáveis.

Não gosto de roupa masculina brilhante e por isso raramente gosto de gravatas de seda. Não é o caso desta que é maioritariamente seda, mas até parece ser feita em linho ou mesmo ganga (ando com vontade de reciclar umas calças de ganga numa gravata, será possível?). O desenho é do mais clássico que pode haver, com riscas brancas a 45º. A tendência actual parece ser agrupar as riscas em duplas ao invés de as distribuir uniformemente. Uso-a com a camisa desapertada pois gosto do ar descontraído que dá e que se adequa ao resto do outfit.

Gosto da harmonia cromática criada entre a gravata e o blazer e gosto dos três níveis de cores do conjunto (verde nos pés, amarelo nas pernas e azul/branco no tronco). Para não quebrar estas zonas cromáticas, e porque também não tenho nenhum cinto que gostasse de ver aqui, optei por não usar.

Disclaimer: Os leitores mais fiéis já devem estar fartos da falta de originalidade e qualidade das fotos e por isso peço desculpa. Prometo, caso o blogue cresça em visitas, aumentar  o tempo e meios investidos nas fotos.

maio 24, 2012

Blazer vichy outra vez

A versatilidade de um blazer vichy é um dado adquirido, ele adapta-se a looks mais descontraídos ou mais formais como poucos. Aqui mostrei-o num exemplo mais desportivo, agora num conjunto mais elegante, amanhã a minha versão.

De todas as cores, e à semelhança do blazer liso, o azul marinho é a cor mais versátil e por isso a melhor opção.

maio 23, 2012

George Cortina outra vez

Já me socorri do George Cortina aqui e volto a fazê-lo. Podia comentar mas acho que seria redundante. Numa palavra, perfeito.

maio 22, 2012

Essencial XIII - Écharpe cinza claro


Sinceramente não sei se se pode considerar uma écharpe um essencial mas é uma excelente adição a qualquer guarda-roupa. Diz-se que é através dos acessórios que se faz a diferença e é difícil discordar. A écharpe é dos melhores acessórios que um homem pode aproveitar. Até porque, além da função decorativa, também contribui para o conforto térmico.

Ainda que seja tentador ter écharpes numa variedade de cores e padrões acho que é importante não dispensar uma simples num cinza claro. É discutível que seja a cor essencial de uma écharpe mas creio que nenhuma outra é tão abrangente. Para quem achar a cinza monocromática demasiado banal esta pode, em alternativa, ter bandas de vários tons, como branco/cinza claro/cinza escuro por exemplo. Mas é importante que as bandas sejam longitudinais e não transversais. Como a écharpe vai ficar caída sobre tronco as bandas longitudinais criam verticalidade e dão a ilusão de um corpo mais alto e elegante.

Isoladamente, não usaria esta camisa com este blazer, não gosto suficientemente do resultado. Mas com a écharpe e o lenço de bolso o par blazer/camisa passa para segundo plano e o conjunto já me agrada. Todas as cores são neutras, não ofendem, e claras, propícias a um look de verão. O lenço de bolso também é cinza e faz pendant com a écharpe. Amanhã podia trocar por um lenço e uma écharpe azul que ninguém ia reparar que a camisa e o blazer eram os mesmos. É essa a vantagem dos acessórios.

Já me têm perguntado - Mas tens mais do que um par dos mesmos sapatos? - ao que respondo - São de cores diferentes. Não vejo o problema de ter as mesmas peças em várias cores e tenho dificuldade para entender o espanto. Se gostamos do design base, cores diferentes fazem efectivamente peças diferentes para usar em diferentes ocasiões, a diversidade não é beliscada. Eu tenho pares e até trios de sapatos, t-shirts, casacos, calças. Os sapatos wingtip cinzentos que uso nestas fotos são iguais aos castanho que usei aqui.

Sapatos - Aldo; Calças ganga - Salsa
Écharpe e lenço de bolso algodão - Zara
Blazer algodão - Decenio; Camisa linho - Massimo Dutti

maio 21, 2012

Look básico de fim de semana


Há dias em que, por pressa ou preguiça, não apetece pensar no que vestir. Ontem foi um desses casos. Para não fazer nenhuma escolha errada mantive as opções dentro de cores neutras. Como prova da versatilidade do cardigan que apregoo, visto aqui um azul marinho. A pequena lapela que ele tem confere-lhe um potencial de casaco acima dos cardigans mais simples.

Por baixo uma t-shirt básica cinza de gola decotada e o cachecol a condizer para proteger do vento. Abaixo da cintura mantém-se a opção azul, as calças são num tom mais claro do que o cardigan para fazer contraste e os sapatos num cinzento escuro azulado.

Calças ganga - Salsa; T-shirt algodão - Zara
Cardigan lã - Pull & Bear; Cachecol lã - Mr. Blue

maio 19, 2012

O caso das bermudas de ganga

Não tenho nada contra bermudas de ganga, antes pelo contrário, até gosto de ver. Mas acho que comprar umas é perder uma oportunidade de diversificar o guarda-roupa. Todos nós temos calças de ganga e o look de umas bermudas de ganga não difere muito do de umas calças de ganga com as bainhas enroladas. Essa é uma das vantagens das calças de ganga, poder variar a altura de perna, que pode ser aproveitada nos dias quentes.

Outra questão em relação às bermudas de ganga é que, pela sua construção, é um tecido algo quente para um artigo próprio do verão. Não sei a ganga de linho é notoriamente mais fresca neste aspecto dado que nunca experimentei. Mas a ganga de algodão não é certamente o tecido de eleição para essa estação.

maio 18, 2012

Essencial XII - Lenço de bolso branco

Indiscutivelmente o lenço no bolso do blazer está de volta. Basta ver televisão, todas as semanas surgem mais homens que os empregam. Os pivots João Adelino Faria e José Alberto Carvalho são dois deles, o comentador económico Luís Nazaré idem. O António Lobo Xavier já não o dispensa na Quadratura do círculo (na foto).

Em quase todos estes casos a opção recai sobre o lenço branco e é natural que assim seja. O lenço branco é o mais discreto e por isso aquele que se usa com menos reservas. Também é o mais neutro e mais facilmente conjugável. Por estas razões é o lenço de bolso básico e um essencial para os homens que usam blazer.

Já o escrevi no blogue, na relação preço/resultado o lenço de bolso é a mais eficaz opção de acessório masculino. Se ainda não usa experimente, comece pelo essencial branco, ou em alternativa, um branco emoldurado num tom neutro de azul.

O lenço de bolso tem a grande vantagem de, por um baixo custo, dar um toque especial a qualquer conjunto. E é aliado dos homens com mais barriga já que capta a atenção de quem olha e desvia-a da zona abdominal.

maio 17, 2012

Blazer + bermudas?

Blazer e bermudas não é o par mais óbvio mas é possível se o conjunto for adequado. Com um pólo e uns moccasins ou uma camisa não estruturada e uns sapato vela como nesta foto resulta num outfit casual chic com muito estilo.Quanto a mim é a oportunidade de ouro para usar blazers curtos que não é o caso aqui. 

maio 16, 2012

O caso do pólo piquet


O pólo está para o guarda-roupa masculino mais ou menos como o baterista está para a banda de música. Pouco se dá por ele mas é difícil viver sem ele. Poucas marcas colocam os seus pólos em destaque nas colecções mas são poucas as que os ignoram . Comigo é mais menos assim, não uso pólos porque os adoro, uso, acima de tudo, porque dão muito jeito.  E a minha preferência vai para os pólos mais clássicos, em tecido piquet de manga curta.

Os pólos piquet de manga curta são muito práticos no verão pois são, provavelmente, a única peça masculina de manga curta passível de ser usada em dias de trabalho. Camisas de manga curta formais são algo que não tem cabimento. Trata-se de uma contradição, a formalidade masculina não permite pele à mostra. Camisas de manga curta só se forem bastante desportivas e mesmo assim para consumo moderado. Um pólo nunca terá a formalidade de uma camisa mas no verão as normas tendem a relaxar e é possível admitir o pólo no dia-a-dia. Claro que eles podem ser usados em ocasiões mais descontraídas mas tendo a reservá-los para os dias de trabalho mais quentes.

Relativamente a cores recomenda-se sobriedade, principalmente se forem usados no trabalho. Para mim o azul marinho e o branco são as cores prioritárias mas como é para o verão faz sentido adicionar cores mais alegres como o amarelo, rosa ou verde.

Confesso que não adoro ver blazer e pólo mas, como disse acima, o uso destes últimos é sobretudo uma opção racional. Conjugá-lo com blazer é algo que tolero visualmente pelo conforto que traz. A combinação que faço aqui segue a lógica do blazer claro/camisa escura que fiz aqui, mas desta vez o cinza/preto deu lugar a dois tons de azul. Sobre o blazer falarei noutro post.

Como durante o dia vou andar quase sempre sem o blazer, as calças beges fazem a combinação clássica navy/bege com o pólo. Os sapatos, do mesmo nível de formalidade do pólo, são castanhos e por isso ficam sempre bem com calças bege. Não gosto muito de ver calças bege/meias bege/sapatos castanho. Por isso num conjunto assim prefiro coordenar a cor das meias com o pólo/camisa.

Sapatos brogue - Aldo; Calças chino - Zuky
Pólo algodão - Sacoor; Blazer algodão - Decenio; Lenço bolso algodão - Zara

maio 15, 2012

Sugestões para ela e para ele

Fica o video primavera/verão 2012 da Selection by S. Oliver com excelentes sugestões para ela e para ele.

maio 14, 2012

Inspiração masculina no feminino

No que toca a vestir a vida dos homens está muito mais facilitada que a das mulheres dado que o universo masculino neste campo é bastante mais restrito. Em boa verdade a vida dos homens é mais simples em muitos outros. Mas voltando ao vestuário, como se não bastasse a infinidade de peças, acessórios e estilos que as mulheres têm à sua disposição, elas ainda podem ir buscar inspiração ao nosso guarda-roupa para vestir com charme.

Aqui fica um belo exemplo de influência náutica que resultou tão bem. O equilíbrio entre a rigidez masculina e a graciosidade feminina na medida certa.

maio 11, 2012

Essencial XI - Camisa rosa claro


Depois do azul claro e branco considero o rosa claro o tom mais imprescindível para uma camisa. Pode ser lisa ou às riscas/quadrados com branco, fundamental é que o rosa seja pálido para garantir subtileza e neutralidade. Esta tem micro-riscas rosa/branco.

Ainda que bastante versátil, a camisa rosa brilha mais quando conjugada com beges ou castanhos claros. Esta combinação é uma das mais antigas no protocolo masculino. Consta que o homem que, inadvertidamente friccionou um pau em palha e descobriu o fogo, vestia um blazer bege e uma camisa rosa.

Esta camisa tem punhos franceses, um detalhe de visual requintado mas que tolhe parte da versatilidade. Primeiro porque só funciona com blazers, não encaixa debaixo de uma camisola ou cardigan. Segundo porque é suposto ser usada sempre com os punhos fechados e em dias quentes como o de ontem enrolar as mangas torna-se imperioso. Para quem não se veste diariamente de formal bastante formal não é uma aposta racional.

Outra combinação cromática clássica a que já me tenho referido é a bege/navy. Aqui aparece invertida. Diz-se que os homens mais dotados de barriga a devem evitar. Teoricamente faz sentido, se as cores escuras disfarçam o volume usar um blazer claro com umas calças escuras realça o volume abdominal. Na prática, acho que, desde que se goste de ver, deve ignorar este conselho. Inverter as cores é uma forma não negligenciável de diversificar os looks.

Abaixo da cintura vesti-me de forma mais informal. As calças são umas chino tradicionais e os sapatos uns penny loafers em camurça. Não gosto muito de loafers, e a principal razão é não gostar do design recto do loafer típico. É muito raro encontrar uns que goste, mas é o caso destes da Massimo Dutti. Os casual shoes são, quanto a mim, uma das especialidades da casa espanhola, pois têm um design moderno que vai ao encontro daquilo que procuro em sapatos mais desportivos. E os loafers são sapatos informais. Outra coisa que me levou a apostar neste par é a cor. Não é fácil encontrar sapatos com o tom certo de verde mas estes têm-no. Em sapatos de verão também gosto do apontamento da sola branca.

Gosto de ver sapatos slip-on sem meias. Com temperaturas acima dos 30ºC sabe bem andar sem meias a tapar o tornozelo seja qual for o tipo de sapato. A decisão não foi complicada, porém nem todos a podem tomar em dias de trabalho.

Blazer algodão - Decenio; Camisa algodão - Massimo Dutti
Sapatos camurça - Massimo Dutti
Calças chino - Zuky; Relógio cronógrafo - Swatch

maio 10, 2012

Estilo preppy mas com moderação

Acho o estilo preppy, ou o estilo dos universitários betos americanos, demasiado, como direi, betinho! Peca pelo excesso de cores e também, embora se compreenda, pela proliferação das insígnias da universidade. O que não quer dizer que tudo seja mau neste estilo. Aqui está um bom exemplo. A referência à universidade na sweat dispensava, mas de resto gosto de tudo. Da plaid shirt e da harmonia de cores entre esta, lenço, cinto e calças. Os tons cinza da sweat e castanho do blazer são essenciais para neutralizar e salvar o conjunto.

maio 09, 2012

O fato bege, um essencial

O facto de ter um blazer e umas calças bege tem-me travado na compra de um fato bege. Mas quando vejo fotos como esta sinto algum arrependimento nessa decisão. Considero que um conjunto blazer/calças bege é um dos essenciais masculinos, principalmente nas épocas do ano mais ensolaradas. Se esse conjunto for um fato a versatilidade sai aumentada.

maio 08, 2012

Blazer verde, mas verde

O verde não é a cor mais óbvia para um blazer. E não estou a falar do de um verde caqui discreto. Estou a falar de um verde com todas as letras, sem cerimónia ou reservas, daqueles que se vêem à distância e que não passam despercebidos.

Um blazer verde é como umas calças laranja. Para usar poucas vezes mas, quando devidamente coordenado, fica estupendo. Para mim é o caso da primeira foto em que as bermudas bege e a camisa xadrez casam na perfeição com o verde forte do blazer.


maio 07, 2012

No meio está a virtude

Hoje vou escrever sobre botões. Mais concretamente botões frontais de blazers single breasted (uma única coluna de botões). As regras que escrevo aqui são, em grande parte, quase universais para o estilo masculino. Mas isso não quer dizer que tenham de ser seguidas à risca, ou que não sejam possíveis variações consoante o nosso gosto.

Os blazers normais têm, na sua maioria, dois botões frontais. Na minha opinião é essa a conta ideal, salvo se estivermos a falar de casos extremos de homens muito altos ou singularmente baixos.

Os blazers de três botões caíram em desuso há cerca dez anos. Ainda se encontram à venda em outlets mas sou da opinião que, independemente do desconto, não se devem adquirir. O problema dos blazers antigos de três botões é a lapela ficar muito curta o que faz com que tenha um V muito aberto. Esse corte cobre demasiado a camisa e/ou gravata e dá um ar um pouco ridículo a quem o usa.

Nos blazers de três botões mais recentes (como o da foto abaixo) a lapela alonga-se para ficar com um corte semelhante ao de um blazer de dois botões. Isso significa que o botão superior fica escondido e nunca deve ser fechado. Sendo assim para quê colocá-lo lá. Entendo que seja para criar simetria mas acho que não faz sentido existir a casa de um botão no meio da lapela. Fica estranho e pouco estético. 

Blazer de três botões
A outra alternativa são os blazers de um botão, a opção tradicional para smokings mas menos usual em fatos ou sport jackets. Associo este blazers a gravatas skinny, e estas duas tendências são mais características de adolescentes. Não desgosto mas o blazer de um botão não tem a elegância do de dois e por isso só uso blazers de dois botões.


Blazer de um botão
Pode dizer-se que o número de botões dos blazers vai obedecendo à moda e que, se agora o de dois botões recebe a aprovação maioritária, daqui a uns anos poderemos recuperar o de três ou simplificar para o de um botão. Não acredito que aconteça tão cedo, acho que o blazer de dois botões é o mais usado precisamente por ser o mais equilibrado. Mas se a moda mudar amanhã o blazer de dois botões é a melhor aposta hoje dado que, como está no meio, nunca ficará demasiado longe da tendência.
Blazer de dois botões

maio 06, 2012

A inutilidade do crunch nº1000

Um dos grandes desejos, talvez o maior, dos homens que praticam exercício físico é terem os abdominais definidos, o famoso six pack. O six pack é uma parte do core, e é este que deve ser o objectivo de quem se preocupa com as vantagens do exercício físico que vão para além da estética. Ter um core forte não tem apenas benefícios na imagem, é porventura o conjunto de músculos mais importantes do corpo, já que intervém em praticamente todas as actividades, sejam quotidianas ou desportivas.

Existe a ideia difundida de que a obtenção simultânea de uma barriga delgada e de uma zona abdominal forte se consegue através de muitas repetições de crunch. Mil seguidos se for possível. Infelizmente isso não é verdade, de todo. Existe uma razão bastante mais prosaica para o crunch ser tão popular. É um exercício fácil de fazer, principalmente quando é mal executado, como acontece na maioria dos casos. Só que, como é quase universal quando se fala de fitness, se não custa é porque não está a fazer grande coisa.

Crunch
Com alguma prática qualquer pessoa consegue realizar 1.000 crunchs seguidos. Mas estabelecer e perseguir exclusivamente essa meta não fará muita coisa pelos abdominais. O problema é que o nosso corpo é como nós, um animal de hábitos. E ele só reage a variações de estímulos. O core só se fortalece se variarmos o tipo de tareia que lhe infligimos. E nada é melhor para reforçar o core do que exercícios estáticos com o nosso peso, nomeadamente pranchas horizontais ou laterais. Mas a melhor receita é variar o mais possível, não deixando de fora o crunch. O objectivo é não deixar o corpo antever aquilo que lhe reservamos.

Prancha horizontal
Mesmo assim um core forte não dita necessariamente um six pack visível. O six pack não nasce com exercício, já vem connosco. Só que na maioria de nós, principalmente nos homens, está tapado por uma camada de gordura. E não é a fazer exercícios abdominais que se destrói essa capa. É conseguindo um balanço calórico defcitário entre o que entra e o que se consome. E esse balanço só se atinge com dieta equilibrada e exercício cardiovascular, ou seja, se ingerirmos menos calorias do que aquela que queimamos.

Obter uma barriga com os músculos definidos exige rigor alimentar, actividade cardio e um programa criativo de exercícios abdominais. Acima de tudo requer perseverança e paciência. Se fosse fácil todos tinham e, se calhar, a vontade de ter esmorecia.

maio 05, 2012

A utilidade da camisa preta


Já o escrevi no blogue, a roupa preta deverá ser diminuta num guarda-roupa por não ser facilmente conjugável. Arrisco até a dizer que o guarda-roupa perfeito não inclui nenhuma peça desta cor. Faz mais sentido basear um guarda-roupa no azul marinho que é igualmente solene mas muito mais versátil. Uma peça onde devem imperar as cores claras, seja de inverno ou verão, é a camisa. O que não quer dizer que não exista esperança para as camisas escuras, mesmo a preta.

A camisa preta está completamente à vontade com casacos cinzentos, como exemplifico aqui com um blazer. Apesar de ser natural não é assim tão usual. Vê-se muito mais casaco escuro com camisa mais clara. Por esta razão acho que esta inversão é per se suficientemente impactante para dispensar outros peças de destaque.

Estranho ainda conseguir vestir tecidos tão grossos em maio mas consta que na próxima semana vai ser altura de os arrumar.

Blazer lã - Decenio; Camisa oxford - A&F

maio 04, 2012

Black devil Griso

Desde que foi lançada que considero a Moto Guzzi Griso a moto de produção em série mais espetacular que se pode comprar. Para 2012 a casa transalpina lança esta fabulosa decoração preta e prata que apelidou tão bem de Black devil.