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setembro 27, 2012

Sarar Outono/Inverno 2012

Descobri esta marca há pouco tempo com a qual me identifico. Não mostra nada de novo mas, como diz o adágio, mais vale andar bem vestido do que ser original. Creio que aquilo que mais gosto na marca é o facto de ser turca, uma paragem raramente associada a roupa masculina elegante. A Sarar não só revela a ascensão económica do pais mas também o aparecimento na cena mundial de novas fontes de estilo masculino o que me parece muito desejável.

Esta colecção outono/inverno mostra bem a ingenuidade e simplicidade da marca. Mas mantendo-se dento dos cânones clássicos consegue bons resultados.
















setembro 25, 2012

GQ Japão - Setembro 2012

Não ligo a moda pelo que não sou leitor das revistas da área. Do muito pouco que conheço acho que só algumas edições estrangeiras da GQ têm produções relevantes para o estilo masculino. Em post anteriores dei a conhecer algumas produções da edição americana com o Ewan McGregorJean Dujardin e Lewis Hamilton. Desta vez mostro esta magnífica produção do último número da GQ nipónica. Realizada na Universidade de Oxford é uma justa homenagem ao fabuloso estilo britânico.

Os fatos de corte justo, a trench coat ou o overcoat double breasted a 3/4 são a quintessência da forma de vestir do clássico homem inglês. Também o tecido tweed ou o padrão Prince of Wales são indissociáveis do estilo inglês sóbrio mas sempre sedutor. Chega de palavras, ficam as fotos.










setembro 24, 2012

Essencial XIX - Camisa vichy


Quando escrevi há uns tempos sobre as camisas xadrez (plaid shirt na expressão inglesa) referi que são uma boa forma de variar e personalizar um guarda-roupa. Mas também são um risco enorme para quem aposta na duração das peças que compra. As camisas xadrez só são uma boa aposta depois de se ter um guarda-roupa completo com camisas lisas... e vichy.

Ao contrário das camisas xadrez, as vichy não são uma mera escolha de diversificação, são mais importantes do que isso pelo que considero uma vichy navy essencial. E fundamental numa vichy que se quer essencial é que os quadrados sejam de tamanho médio, cerca de metade do tamanho dos botões, como a das fotos. Se forem mais pequenos confundem-se com uma camisa lisa ou pata de galo. Inversamente, se forem maiores, a camisa torna-se muito desportiva para ser verdadeiramente versátil. Ainda assim podem resultar muito bem como aqui.

Depois do tom navy gosto de camisas vichy num azul forte, verde escuro, cinzento ou castanho. Mas basicamente, todas as cores que façam um bom contraste são uma boa aposta.

Pessoalmente não gosto muito de camisas com um padrão vichy de duas cores. Porque perdem versatilidade e porque as que há (verde escuro/bordeaux; marinho/castanho) são demasiado previsíveis e maçadoras para o meu gosto.

setembro 11, 2012

Blazer DB riscado


Há umas semanas sugeri dois blazers de verão, um da Zara e um da Massimo Dutti. Esse post gerou algumas comentários relativamente à qualidade, quer dos materiais quer do corte, da roupa mais elegante da Inditex, principalmente da marca Zara. Como afirmei nesse post considero que a Zara é mais forte nos básicos o que não quer dizer que se exclua desde logo peças mais elaboradas. Este blazer é um exemplo disso mesmo.

Ele é feito em algodão e, talvez não se consiga ver nas fotos, mas não é o algodão mais luxuoso que existe. Mas tudo é relativo, este não é um blazer de €800 mas de €80 (ou mesmo metade para quem o apanhou nos saldos).

Quanto ao corte estou a usá-lo exactamente como o comprei e creio que as fotos falam por si. As mangas precisavam de ser ligeiramente encurtadas no comprimento e diâmetro mas para já vou usá-lo assim. Veremos depois de se moldar ao corpo se precisa de algum arranjo. Creio que não.


O corte é quase perfeito mas havia dois aspectos que gostava que fossem diferentes:
  1. Preferia que fosse de lã em vez de algodão, não só porque este algodão não tem o melhor dos toques mas também porque o estilo retro dele pedia a maior nobreza da lã.
  2. Tenho pena que não tenha as calças correspondentes (também em lã) que ficariam estupendas como fato ou conjugadas com outro blazer.
As lapelas talvez sejam um pouco avantajadas mas de resto gosto de tudo nele: do tom petróleo do azul (nas fotos, por causa da falta de luz, parece navy), do swag das riscas brancas, da distribuição dos botões e da rigidez dos ombros.


setembro 10, 2012

Cinto estreito


O cinto estreito foi para mim aquilo a que os britânicos designam an acquaired taste. Foi a ver numa foto aqui, num filme ali, que este acessório, voltando à língua inglesa, grew on me. As mulheres estão fartas de o conhecer mas em homens é menos comum. Só que vem carregado de elegância e por isso merece ser valorizado.

Este, da Zara, pela cor e feitio, cai no meio de uma escala de formalidade e por isso é bastante versátil. Aqui uso numas calças chino com uma camisa de linho mas encaixa-se num fato de algodão, jeans ou mesmo bermudas.

Acredito que não será um tendência passageira. É seguramente uma excelente aposta para os homens mais baixos que saem elogiados por ficarem com a linha horizontal de cintura menos acentuada.

setembro 07, 2012

Camisa desportiva com dois bolsos


Uma característica da roupa é quanto mais bolsos tem mais informal é. As camisas não fogem a essa regra e normalmente as mais informais têm dois. É o caso desta camisa de linho da Red Oak. Sou fã confesso das camisas desportivas desta marca portuguesa como já tinha dito aqui.

Quando estava a carregar as fotos apercebi-me que este look não difere muito deste, na verdade segue a mesma lógica deste. Acho que este acaba por ser o preferido dos três pela simples razão de esta camisa ter um tom de azul formidável.

Ainda que ache que a roupa desportiva se possa usar mais larga esta camisa já foi cintada depois destas fotos. Ainda pensei encurtá-la para usar por fora das calças mas mantive-a com o comprimento original. Como discuti anteriormente uma camisa para usar por fora deve terminar cerca de quatro dedos abaixo do botão das calças. Em termos de comprimentos de camisa não faço compromissos, ou é dentro ou é fora! Com um comprimento intermédio saem facilmente das calças quando usadas por dentro e nunca ficam bem por fora.



Estes chinos são outro bom exemplo de que o corte é quase tudo na roupa. Quando os comprei estavam bem nas pernas mas indescritivelmente largos na cintura. Depois de apertadas tornaram-se numa das minhas calças favoritas por serem tão confortáveis.



Uma das formas de limpar um visual (que já tinha abordado no blogue aqui) é usar um cinto que se funda cromaticamente com as calças (ou camisa/t-shirt) e assim eliminar essa linha de quebra. Aqui até podia ter optado por não usar cinto dado as calças não precisarem de ser seguras. No entanto, gosto de usar este par calças/cinto por parecerem feitos um para o outro.


setembro 05, 2012

Essencial XVIII - fato cinza de verão


Em termos de fatos um homem tem as necessidades mais ou menos cobertas se tiver três de inverno e três de verão. Os de inverno devem ser mais escuros, um azul marinho, um cinzento carchoal, um castanho ou cinzento acastanhado, e de tecido mais quente. Os de verão mais claros, azul petróleo, cinza claro e caqui/bege, em materiais mais respiráveis.

Este é o meu fato cinza de verão, 100% linho que é uma opção pouco habitual em Portugal e sempre arriscada. Arriscada porque o linho perde a compostura facilmente. Estas fotos foram tiradas depois de um dia a usá-lo, tirem as vossas conclusões sobre se os vincos lhe dão personalidade ou ar desmazelado.

Dada esta característica do linho parece-me prudente usar o fato apenas uma vez por semana e deixa-lo pendurado no resto do tempo para que ele possa esticar e perder as rugas. Ainda assim é inevitável que ele necessite de ser passado a ferro mais vezes do que o normal noutros tecidos.

Outro aspecto que merece atenção é a marcação da bainha de calças de linho que não deve ser feita com elas novas e esticadas. Como inevitavelmente vão enrugar e "encurtar" deve marcar-se depois de um dia de uso. Também convém serem marcadas com os sapatos com que se vai usar normalmente. Como no verão uso quase exclusivamente loafers e drivers, que são sapatos mais baixos do que os normais bluchers e oxfords de inverno, as minhas calças de verão são ligeiramente mais longas do que as de inverno.



Este fato mais especificamente tem três incongruências. A primeira detesto, a segunda aceito e a terceira gosto:
  1. É forrado o que não faz grande sentido num fato de verão que se quer fresco e desestruturado.
  2. Tem ticket pocket e bolsos inclinados que têm sido recuperados recentemente e são conotados com informalidade. Ainda que o ticket pocket tenha originado nos sport jackets dos cavaleiros ingleses para guardar trocos eu discordo que ele introduza informalidade num casaco, pelo contrário acho que ficam mais sérios. Para além disso, linho grita Nice e ticket pocket e bolsos inclinados têm a cara de Londres o que me parece não se cruzar. Apesar de não ser o melhor blazer para aplicar um ticket pocket aceito a opção pois introduz variedade no meu guarda-roupa o que não me parece uma má ideia.
  3. Ainda que seja um fato de verão ele é constituído por três peças (já tinha mostrado o colete aqui). Quanto a mim todos os fatos, pelo menos os de inverno, deviam ser vir com colete. É uma peça muito elegante que ajuda a esconder um problema que afecta muitos homens, a barriga grande. Também é uma peça perfeita para fazer camadas no inverno. Num fato de verão é menos relevante e para mim, que tenho normalmente calor, acho que nunca vestirei as três peças juntas. 


Das camisas mais óbvias para se usar com um fato cinzento é uma vichy. E a cor mais óbvia para uma camisa vichy é o azul marinho. Esta camisa em concreto será um dos próximos essenciais no blogue. Sendo verão a descontracção de uns loafers em camurça clara e sola branca complementa coerentemente o fato em linho.

setembro 03, 2012

Essencial XVII - Gravata azul marinho


Se uma gravata preta é essencial um guarda-roupa não está completo sem uma azul marinho. A prioridade dada a uma ou outra vai depender das cores dominantes dos fatos/blazers e, sempre importante, do gosto de cada um.

Se para mim a preta deve ter apontamentos brancos para aligeirar o look a azul não só pode ser lisa como, se o for, se torna mais versátil. Mas a cor não é tudo, também o material e a estrutura do tecido dependerá do gosto e da formalidade da roupa com que vai ser usada. Pessoalmente gosto de gravatas tricot. Ainda que estas se coloquem no extremo mais informal das gravatas acabam por combinar com outfits mais nobres. No meu guarda-roupa, dominado por sport jackets, encaixa-se na perfeição.

Como já não será segredo para ninguém o azul marinho é uma das cores básicas de um guarda-roupa masculino for ser facilmente conjugável e a gravata não foge à excepção. Esta gravata ficará particularmente bem com o meu blazer chino bege ou o herringbone castanho.

Aqui combino-o com azul cobalto que é um tom de azul que, quem me acompanha, sabe que gosto bastante. De resto a conjugação de diferentes tons de azul não só é fácil de fazer como bastante eficaz.

Para quem não está convencido li há pouco tempo o resultado de um inquérito informal que apurou que os homens se sentem atraídos por mulheres vestidas de vermelho e as mulheres gostam de ver um homem em azul marinho.